Um relato falso e breve, mas completo e sem rodeios. Um apoio virtual as anónimas sem culpa notória.
O tempo está incerto entre estes dois prédios. A viagem por esta rua é dolorosa. Eu, já não sou a mesma. Arrima o ânimo e desvia o olhar do real. As minhas pernas tremem, o meu corpo descaí e os meus braços alcançam a parede mais próxima, que tudo viu. Não consigo andar. Cruzo as pernas de nojo e repugno de mim mesma e da minha beleza que outrora fizera furor.
Tenho que seguir, mas perdi-me na alegria do corpo daquela besta. Abandonei-me nas satisfações de necessidades daquele ser. As suas necessidades gerais e particulares, as distintas e múltiplas sensações de gozo sensual. Lembro-me do roçar dos seus lábios, como se fossem gritos em meus ouvidos. Recordo-me das suas carícias intimas que no meu corpo pareciam ser pancadas. Faz apenas 10 minutos que ele me deixava usada, feia e nojenta.
Após as suas sucessivas explosões de vai e vem, após o orgasmo estou aqui, meia despida, exausta e infeliz. Sem saber o que fazer, recomponho-me. Tento retirar da minha mente o sexo que me penetrou sem autorização. Tento esquecer que este momento existiu.
O maior, o mais rico, o mais precioso trunfo que tinha arruinou-me a vida. A beleza não me serve de nada. O meu percurso acaba aqui…
Ao longo dos anos seguintes, vai-se ouvir alguém gemer da mesma dor, um gemido igual ao som das batidas no sino da Igreja mais próxima. Certamente não serei eu. A minha vez já passou. Acabei de ser violada e estou desfeita em lágrimas.
Não sei como se reage a uma situação destas mas sem dúvida que este testemunho parece real. Felizmente não o é. Está brutal, adoro a descrição. Foste profunda e forte! Continua. Um anonimo ;)
ResponderEliminarFalso anónimo tz! Obrigadzinha x)
Eliminaradorei os sapatos!
ResponderEliminar(tumblr, sigo sempre de volta)
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