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14.8.12

Bem sei: as lágrimas que deito ainda são algumas. Mas como todas as outras, elas secam na pele sem deixar grande transtorno visual. Sei bem: a água salgada que cai dos meus grandes olhos verdes ainda é do medo que possuo do futuro incerto. Um mundo pobre tão distante do choro em torvelinho pensa em como alcançar a classe média. Vão decerto pensar que vos falo de estatuto social. Mas, recomecemos. Este choro, estas lágrimas, num certo sentido, ficam mais perto de um estado sentimental feliz, que o oposto. Dir-me-ão que sentirei saudades do passado e da infância. Não negarei, estou convicta disso, amei a minha inconsciência e às vezes tenho fases melancólicas. Porém, alma nobre por cuja companhia felizmente não me falta, reconheço privilegiadamente que os meus amores (paixões sem reservas) limpam-me toda e qualquer sensação triste e consternada. Sem qualquer cabisbaixo, sinto-me despida numa explicação consideravelmente mal pormenorizada.

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