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19.3.13

Já não tinha palavras. De tanto pensamento, ia agora confusa; com o coração nas mãos relembrava-se da promessa que outrora tinha sido feita. Parava a cada memoria, como se se tratasse de um filme no qual se procura um pormenor. Analisava o momento. Revia o instante. Gravava mentalmente as frases ditas e as só pensadas.  

Tinha medo da frase que se repetia constantemente nas situações tristes: se isto tivesse certo, eu não estaria aqui. Lembrava-se das lágrimas e das pausas sentada na extremidade do passeio. Lembrava-se também do enlace das mãos chateadas e dos olhares descontentes que por muito que falassem eram incompreendidos, ignorados e esquecidos.

Quando já não tinha palavras tomava novamente o seu lugar, ainda que demorado. Estivera infeliz por amar. 

1 comentário:

  1. acho que fazes muito bem em fazer mais trabalhos assim é que ficaram mesmo muito bonitos :3

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