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19.5.13

Uma carta

- Abre a porta, filha! [Choro intenso] Abre, peço-te.

Só as minhas memorias serão capaz de decifrar o quão doloroso estas palavras o são. Dor de tão grande profundidade. Deixo de escrever por vários minutos e choro. Seja este o dia da real - ou falsa -  despedida. 
Aquela Mulher, que fez de ti: fragilidade pura, força inacreditável, Mãe perfeita e perfeição do meu coração.
Seja isto uma carta sem as milhares frases pensadas e sentidas. Definitivamente, este despejar de palavras nunca será suficiente para me despedir, nem para me revelar finalmente e muito menos para te deixar o que de melhor sinto ter.

Passo o mais rapidamente possível com um lenço de papel pelo meu peito. Imagino as tuas lágrimas e os teus gritos agora mesmo; imaginação ou déjà vu - que tristeza. Merecia ser espancada. Sim, doce Mãe, ninguém tem culpa. É este ódio que me cega. Que me derruba a cada instante e me faz desistir deste meu bater cardíaco. Haja coragem para esta hora h e que o arrependimento seja ele afastado para longe. E que de longe sintas isto uma falha tua. 

                                                                                    ...

Que se escreva no teu coração:
O nosso amor, com um para sempre.

2 comentários:

  1. "Aquela Mulher, que fez de ti: fragilidade pura, força inacreditável, Mãe perfeita e perfeição do meu coração. Seja isto uma carta sem as milhares frases pensadas e sentidas." adorei...

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