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25.9.13

Foi um choro de alivio, disfarçado pelo o ondear do oceano. Sabia, sim meu caro, onde te encontrar. Sabia o que te dizer e como agir. Mas quis rever os meus anos de ruína e de medo. Chorei, sem saber realmente porquê. Chorei talvez alegremente, talvez sem dor. Não sei. Não era um ser triste e parte de mim entristecia por isso. A personagem cuidadosamente estimada na mágoa tinha-me abandonado no primeiro mergulho ao oceano. As lágrimas teriam encontrado o lar salgado, o doce lar da infinidade. O meu corpo teria alcançado o verdadeiro descanso da mente alterada. Teria esquecido o sabor do sofrimento e deixado o meu refugio para outrem. 

Juntei-me a ti, bem junto a teu corpo - deitado na nossa cama. Reparei atentamente nos sinais do teu rosto. Que belos, tão escuros, tão teus. E, a escuridão do teu olhar, em segundos, surgiu. Que profundo. Lê-se  eu olhares toda a vida e diria que o teu pedia-me mais. Abracei-te e sussurrei maravilhas.  

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